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Educação entre natureza, tempo brincante e memória viva 

Lua Fonseca

“Se a gente não aprender a pisar suavemente na Terra,

o céu cai sobre a nossa cabeça.” 

Ailton Krenak

A possibilidade de retorno é pedagógica. Aprendemos com Sankofa, ideograma adinkra representado por um pássaro que volta a cabeça para a própria cauda — símbolo que nos ensina sobre a importância de retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro. Depois desse tempo organizando palavras e observando os brincares, compreendemos que voltar é um gesto de memória, escuta e enraizamento.

Neste reencontro, inauguramos o blog da Rede Cruzada em 2025, apresentando o percurso pedagógico que tem guiado nossas vivências com crianças, adolescentes, famílias e equipes. Nosso olhar segue voltado para a relação entre natureza e educação, agora ampliado pelos valores civilizatórios afro-brasileiros e indígenas. Como nos ensina a intelectual ancestral Azoilda Loretto da Trindade, é preciso construir um chão de escola que valorize o patrimônio histórico e cultural desses povos, reafirmando o compromisso com uma pedagogia antirracista.

Ao longo dos últimos três anos, trilhamos caminhos educativos inspirados no tema-âncora “Na relação com a natureza eu encontro o outro”. Os quatro elementos da natureza atravessaram nossos bimestres como fios condutores de experiências sensíveis e coletivas: a água, que acolhe, emociona e cuida; o fogo, energia da criação e da transformação; o ar, que conecta os afetos; e a terra, que sustenta e nos lembra que aprender também é pertencer a um território.

Agora, com a raiz bem firmada, seguimos rumo a novas possibilidades de encontro. Assumimos uma pedagogia viva que entende a afetividade como força que inspira, movimenta e impulsiona os sonhos. Com intenção, abrimos o Mapa dos Valores Civilizatórios Afro-Brasileiros e Indígenas¹ e mergulhamos em sua circularidade, conectando esses saberes aos elementos da natureza: passamos pela memória das águas; estamos entrando na energia do fogo — das histórias que aquecem e dos saberes ancestrais espalhados pela oralidade e circularidade; seguimos posteriormente com o ar, trazendo sua musicalidade e ludicidade; e, por fim, tocamos a terra, reafirmando nossa territorialidade e ampliando as relações de bem viver.

A pedagogia que escolhemos é também um gesto político, ético e estético de reencantamento do mundo. Os valores que nos guiam não são apenas princípios abstratos — são práticas vivas: modos de ver, fazer e fabular que desafiam a colonialidade do saber e propõem outras formas de educar — com o coração, com o corpo, com o tempo ritmado das brincadeiras.

Como aprendemos com o provérbio bambara — “conhecimento só existe na partilha” — este blog não é apenas um espaço de escrita: é uma roda. Um lugar para refletir práticas, celebrar conquistas, tensionar ausências e seguir dizendo, com palavras e gestos, que a educação pode e deve ser instrumento de emancipação, pertencimento e transformação. Afinal, como nos ensina Jurema Werneck, precisamos sempre afirmar e honrar os passos que vêm de longe. 

Lua Fonseca é cientista social e pedagoga, com forte atuação na área da educação. Atualmente, é gerente pedagógica da Rede Cruzada, e contribui ativamente na formação de crianças e adolescentes.

¹ O Mapa Civilizatório Afro Brasileiro e Indígena  fazem parte do kit pedagógico do projeto A Cor da Cultura, desenvolvido pela Fundação Roberto Marinho em parceria com diversas instituições. O material completo está disponível para consulta e download no site oficial do projeto: acordacultura.org.br.

Contribua na manutenção e ampliação do trabalho da Rede Cruzada!

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